Um assunto que tem tirado o sono do pessoal de RH é a tal da gestão do trabalho híbrido. E com razão. O que começou como uma solução de emergência se tornou a nova realidade para muitas empresas, e estamos descobrindo que ele é muito mais complexo do que simplesmente “três dias no escritório e dois em casa”. O modelo híbrido não é apenas sobre onde as pessoas trabalham, mas sobre como repensamos nossa cultura, nossa liderança e até o nosso contrato social com o colaborador.
RH tem a responsabilidade de garantir que essa transição não crie mais problemas do que soluciona. Um dos maiores riscos que enfrentamos é a desigualdade invisível. Quem está no escritório tem mais visibilidade, mais acesso a conversas informais e, muitas vezes, mais chances de ser lembrado para projetos importantes. Já o colaborador remoto pode se sentir isolado, esquecido e até menos valorizado. É nosso dever criar políticas e práticas que garantam um campo de jogo justo, onde a avaliação de desempenho e as oportunidades de crescimento sejam baseadas no mérito e não na proximidade física.
Além disso, a cultura da empresa está em jogo. Aquela sensação de pertencimento, de propósito compartilhado, era muitas vezes construída nos corredores e na cafeteria. Com o modelo híbrido, precisamos ser intencionais na hora de construir essas conexões. Isso significa criar rituais, sejam eles virtuais ou presenciais, que reforcem nossos valores. As reuniões presenciais, por exemplo, não podem mais ser apenas sobre status de projeto; elas devem ser desenhadas para fortalecer o relacionamento e a colaboração.
O desafio da liderança é outro ponto crucial. Nossos gestores, acostumados a gerenciar a presença, precisam aprender a gerenciar o resultado. O RH deve ser o principal fornecedor de ferramentas e treinamentos que capacitem os líderes a praticar a confiança e a comunicação assíncrona. Ninguém deveria precisar responder a um e-mail às 22h, só porque a vida profissional e pessoal se misturaram.
O Recrutamento também é impactado pelo modelo híbrido; o perfil do funcionário que vai ser contratado deve levar em consideração diversos aspectos para que uma contratação híbrida seja bem sucedida. Nós do ISG Américas, de forma geral e do ISG Brasil, em particular, estamos preparados para isso. Fale conosco !
Por fim, o híbrido exige uma revisão completa das nossas políticas e infraestrutura. Como garantimos que todos tenham as ferramentas necessárias para trabalhar, seja na sede ou em casa? As políticas de reembolso, a cibersegurança e o suporte técnico precisam ser repensados para essa nova realidade.
O trabalho híbrido veio para ficar. Ele exige de nós uma mentalidade de experimentação e adaptação constante e o RH tem a missão de guiar as empresas nessa jornada, garantindo que o futuro do trabalho seja flexível, justo e, acima de tudo, humano.
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